Ytalo Eloi, 2016
No começo não era Educação
Física, era maravilhosa recreação, onde divertir-se era a única obrigação. Uma
vez por semana era liberado fazer o que fazíamos todo dia, correr, pular, se
jogar no chão como se não houvesse amanhã, lá percebi o quanto era imperativo e
quanto gostava de brincar. Mas durante quatro anos não teve diferença, era
apenas brincar. Fundamental dois teve mudanças, com a obrigação de “ensinar”
como se exercitar o corpo, as brincadeiras foram substituídas por exercícios
calistênicos e vivências em esportes coletivos. Descobri nessa época minha
facilidade em aprender coisas novas e comecei a fazer todos os esportes que o
colégio proporcionava. Alguns professores “gostavam” mais da calistenia e dar a
bola no meio/final da aula, outros tentavam algo mais e traziam jogos e
brincadeiras para trazer mais repertório motor a nós, e poucos traziam os
esportes com regras adaptadas para melhorar as vivências, quando apareciam com
regras oficiais, poucos jogavam. No ensino médio não mudou muita coisa por
conta das minhas aventuras nos esportes estava com repertório motor bom, mas
tirando os alunos em situação semelhante a minha, tinham poucos alunos
desenvolvidos. Por ser obrigatório,
muitos faziam, mas vontade poucos tinham. No terceiro ano tinham poucas aulas e quando
tinham não eram atraentes, algumas vezes tinham demonstrações de avaliações
físicas de concursos, outras vezes deixavam usar a academia e outras davam a
bola, e liberavam quem não jogava.