[NARRATIVAS] Thaysmenia


Thaysmenia, 2016


No dia 27 de junho de 2013, estava prestes a participar de dois campeonatos, um de handebol e outro de rugby; a preparação estava a mil. Quando neste dia participei de um amistoso de handebol e tudo mudou repentinamente. Saltei para fazer o gol e a paleta do meu joelho esquerdo girou, porém ninguém imaginada a gravidade do que havia acontecido. Todos eufóricos procurando ajudar de alguma maneira, eu chorava bastante, pois sentia muita dor. E enfim lavaram-me para enfermaria, colocando gelo, mas a dor só aumentava. Então, levaram-me ao médico, chegando lá eu gritava de tanta dor. Bati um raio-x e tudo normal. Tomei remédios e já que a dor era persistente o médico engessou minha perna. Não sabia se chorava mais de dor ou do entorno da situação, já que independente de tudo não iria mais participar dos campeonatos. Enfim fui para casa, passaram-se alguns dias e retornei ao hospital, com a ressonância que havia pedido. Ele olha e me diz: “é garota, você terá uma vida normal, porém nunca mais poderá praticar tais esportes”. Naquele momento era como se o mundo tivesse desabado. Chorei como uma criança que recebe um “não” de seus pais. O tempo passou, passei um ano sem praticar esportes, o ano mais doloroso da minha vida, já que esporte é minha maior paixão. Então no final do ano passado resolvi ultrapassar essa barreira, retornei a malhar e comecei a praticar muay thai, no qual estou prestes a participar do campeonato cearense. Sendo que já me machuquei novamente, porém acredito que irei passar essa fase e alcançar aquilo que mais busco: continuar me superando dentro desse esporte, o qual sou apaixonada.