Corpo. Pedaço de
carne ou pedaço de vida?
Concreto ou
abstrato?
Identidade.
Realidade. Dignidade.
Cada gesto um falar,
um transbordar, um realizar.
Pedaço de tudo e
pedaço do vento, relento.
Corpo reprimido.
Corpo exaltado. Corpo mutilado.
Corpo seu. Domínio
seu. Padrões com limitações te levam a imperfeições. Enfermidades, calamidades,
fraquezas, corpo forte.
Destorce. Contorce.
Suporte.
Corpo elixir. Corpo exilar, navegar, naufragar, libertar.
Corpo intenso, corpo
raso, corpo mal-acabado.
Corpo azedo, corpo doce, corpo abraçado,
Corpo azedo, corpo doce, corpo abraçado,
corpo beijado, corpo
desejado, corpo fuzilado, corpo.
Oh corpo violão, oh
corpo palito, oh corpo visão.
Corpo de prazer que
carregar amor.
Corpo de paz que
carrega rancor.
Corpo de gota que
carrega chuva.
Corpo que aquece com
gelo e corpo que gela com fogo.
É o corpo que fala
sem palavras.
Corpo flambado.
Laíza Mirella de
Souza Nery – 2018.